O CEO Lucio Winck ressalta que, no mundo dos brinquedos, viralizar é só o começo. O verdadeiro desafio é manter o interesse e transformar a febre em produto duradouro. Brinquedos como o fidget spinner, o slime ou os pop-its chegaram de repente e dominaram as prateleiras, mas muitos sumiram tão rápido quanto surgiram. Para a resistência de um brinquedo no mercado, é preciso mais do que só uma ideia divertida: é preciso estratégia.
Esses fenômenos geralmente começam com vídeos nas redes sociais, desafios em aplicativos ou pela simples curiosidade que despertam. São brinquedos que chamam atenção visualmente e têm uso intuitivo. Mas nem todos resistem ao tempo.Entender por que alguns virais desaparecem e outros se mantêm é importante para quem trabalha com inovação no setor.
O que faz um brinquedo viralizar tão rápido?
O primeiro fator é o visual. Brinquedos com cores vibrantes, formatos curiosos ou efeitos visuais e sonoros têm grande apelo. Vídeos mostrando o uso criam um desejo imediato de experimentar. O CEO Lucio Winck destaca que, muitas vezes, esses produtos são impulsionados por influenciadores e desafios nas redes, ganhando escala de forma quase orgânica.

Quanto mais fácil for entender e brincar, maior a chance de aceitação rápida. O fidget spinner, por exemplo, exigia apenas um movimento giratório. Já o slime conquistava pelo toque, pelas possibilidades de customização e pela sensação sensorial que oferecia, além da possibilidade de fazê-lo em casa. Em poucos dias, essas brincadeiras estavam em todos os lugares, da escola ao feed.
Por que alguns brinquedos virais somem tão rápido?
O que vem rápido, às vezes, vai rápido também. Muitos brinquedos virais não conseguem se reinventar ou oferecer novas formas de uso, e acabam saturando o mercado. O CEO Lucio Winck explica que a repetição sem inovação leva ao desinteresse, principalmente entre crianças que buscam novidade constante. Quando o brinquedo perde o “fator surpresa”, o apelo diminui.
Além disso, há casos em que o brinquedo viraliza mais como moda do que como brincadeira de fato. Se o uso não é envolvente ou social, ele tende a ser substituído por algo mais atrativo. Marcas que conseguem criar versões evoluídas ou expandir a experiência original, como jogos derivados, desafios ou versões colecionáveis, têm mais chance de manter o sucesso.
O que garante a longevidade de um brinquedo viral?
Para o CEO Lucio Winck, o segredo está em transformar o interesse inicial em algo mais profundo: hábito, rotina ou coleção. Um brinquedo que vira desafio entre amigos, que pode ser personalizado ou que se conecta com outras experiências (como games ou conteúdos digitais) tem muito mais chance de continuar relevante mesmo após o “boom”.
Também é importante que o brinquedo tenha espaço para a imaginação e interação. O pop-it, por exemplo, virou uma ferramenta de antistress tanto para crianças quanto adultos, mantendo-se como item de uso contínuo. A viralização pode ser o gatilho, mas é o valor duradouro que sustenta o sucesso. E isso é algo que precisa ser pensado desde a concepção do produto.
Autor: Boris Ivanovich