Captação de recursos exige mais do que boas ideias — exige estrutura

By Boris Ivanovich 4 Min Read

Buscar capital para acelerar o crescimento é uma das fases mais empolgantes para qualquer empresa. Mas também é uma das mais técnicas, criteriosas e desafiadoras. Investidores não compram apenas o potencial de um negócio — eles compram a capacidade da empresa em transformar esse potencial em retorno, com risco controlado e governança bem definida.

É por isso que a preparação para captação de recursos começa muito antes da abordagem ao mercado financeiro. E é nesse ponto que a atuação de líderes técnicos se torna essencial: são eles que garantem que as promessas tenham lastro, os números estejam auditáveis e os processos sejam confiáveis o suficiente para suportar a chegada de capital externo.

O que os investidores realmente querem ver

Antes de pensar em valuation, pitch ou storytelling, é preciso garantir que a empresa tenha:

  • Demonstrativos financeiros consistentes dos últimos 2 a 3 anos
  • Projeções realistas, com cenários conservador, base e otimista
  • Controle orçamentário estruturado, com centros de custo por projeto/unidade
  • Fluxo de caixa projetado com lógica clara e fundamentos históricos
  • Cap table atualizado, com governança societária bem definida
  • Compliance financeiro e fiscal — inclusive com trilhas de auditoria internas
  • Indicadores-chave de performance (KPIs) acompanhados periodicamente

Sem isso, a captação se torna apenas uma tentativa — e não uma operação.

Preparar-se para ser investido é sinal de maturidade, não de fragilidade

Muitos negócios com bom potencial deixam de atrair capital por parecerem despreparados. A falta de estrutura passa a imagem de risco, mesmo quando o produto é bom. Líderes como Robson Gimenes Pontes, com vasta experiência na estruturação financeira de empresas em expansão, destacam que a organização interna é uma mensagem poderosa para o mercado: ela mostra que a empresa sabe o que está fazendo, para onde está indo e como pretende chegar lá — com ou sem dinheiro externo.

Abertura para diferentes tipos de capital

Uma empresa estruturada abre possibilidades mais amplas e estratégicas de captação, como:

  • Rodadas com fundos de investimento (venture capital e private equity)
  • Captação com investidores-anjo ou corporate venture
  • Linhas de crédito com taxas mais favoráveis e menos garantias exigidas
  • Modelos híbridos de financiamento, como dívida conversível
  • Joint ventures com players estratégicos do setor

Quanto mais bem organizada, mais opções a empresa tem — e mais poder de negociação sobre valuation, governança e prazo de retorno.

Estrutura que convence — e retém

O trabalho de preparação para captação não termina com o aporte. Muito pelo contrário: é o início de uma nova fase, onde relatórios periódicos, disciplina orçamentária e acompanhamento de metas se tornam parte da rotina. Quem já vem operando com essas práticas, sai na frente. Quem improvisa depois de captar, corre risco de desgaste precoce e desconfiança dos investidores.

Por isso, profissionais com perfil técnico, como Robson, atuam como ponte entre a operação e os stakeholders financeiros. Eles garantem que a empresa fale a linguagem que o mercado entende — e que os números estejam prontos para falar por si.

Autor: Boris Ivanovich

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