Buscar capital para acelerar o crescimento é uma das fases mais empolgantes para qualquer empresa. Mas também é uma das mais técnicas, criteriosas e desafiadoras. Investidores não compram apenas o potencial de um negócio — eles compram a capacidade da empresa em transformar esse potencial em retorno, com risco controlado e governança bem definida.
É por isso que a preparação para captação de recursos começa muito antes da abordagem ao mercado financeiro. E é nesse ponto que a atuação de líderes técnicos se torna essencial: são eles que garantem que as promessas tenham lastro, os números estejam auditáveis e os processos sejam confiáveis o suficiente para suportar a chegada de capital externo.
O que os investidores realmente querem ver
Antes de pensar em valuation, pitch ou storytelling, é preciso garantir que a empresa tenha:
- Demonstrativos financeiros consistentes dos últimos 2 a 3 anos
- Projeções realistas, com cenários conservador, base e otimista
- Controle orçamentário estruturado, com centros de custo por projeto/unidade
- Fluxo de caixa projetado com lógica clara e fundamentos históricos
- Cap table atualizado, com governança societária bem definida
- Compliance financeiro e fiscal — inclusive com trilhas de auditoria internas
- Indicadores-chave de performance (KPIs) acompanhados periodicamente
Sem isso, a captação se torna apenas uma tentativa — e não uma operação.
Preparar-se para ser investido é sinal de maturidade, não de fragilidade
Muitos negócios com bom potencial deixam de atrair capital por parecerem despreparados. A falta de estrutura passa a imagem de risco, mesmo quando o produto é bom. Líderes como Robson Gimenes Pontes, com vasta experiência na estruturação financeira de empresas em expansão, destacam que a organização interna é uma mensagem poderosa para o mercado: ela mostra que a empresa sabe o que está fazendo, para onde está indo e como pretende chegar lá — com ou sem dinheiro externo.
Abertura para diferentes tipos de capital
Uma empresa estruturada abre possibilidades mais amplas e estratégicas de captação, como:
- Rodadas com fundos de investimento (venture capital e private equity)
- Captação com investidores-anjo ou corporate venture
- Linhas de crédito com taxas mais favoráveis e menos garantias exigidas
- Modelos híbridos de financiamento, como dívida conversível
- Joint ventures com players estratégicos do setor
Quanto mais bem organizada, mais opções a empresa tem — e mais poder de negociação sobre valuation, governança e prazo de retorno.
Estrutura que convence — e retém
O trabalho de preparação para captação não termina com o aporte. Muito pelo contrário: é o início de uma nova fase, onde relatórios periódicos, disciplina orçamentária e acompanhamento de metas se tornam parte da rotina. Quem já vem operando com essas práticas, sai na frente. Quem improvisa depois de captar, corre risco de desgaste precoce e desconfiança dos investidores.
Por isso, profissionais com perfil técnico, como Robson, atuam como ponte entre a operação e os stakeholders financeiros. Eles garantem que a empresa fale a linguagem que o mercado entende — e que os números estejam prontos para falar por si.
Autor: Boris Ivanovich