Justiça Condena Seis Ex-Vereadores de Mogi das Cruzes por Corrupção

By Fred Silva Barbosa 3 Min Read

A Justiça de Mogi das Cruzes condenou seis ex-vereadores por envolvimento em um esquema de corrupção que visava a compra de apoio de empresários para a aprovação de leis. A decisão foi proferida pelo juiz Tiago Ducatti Lino Machado, da 3ª Vara Criminal, e os réus foram sentenciados a penas que variam de cinco a doze anos de prisão.

Os ex-vereadores condenados são Carlos Evaristo da Silva, Diego de Amorim Martins (conhecido como Diegão), Francisco Moacir Bezerra, Jean Lopes, Antonio Lino e Mauro Araújo. As penas foram definidas com base nas evidências apresentadas durante o processo, que incluíram conversas e documentos que indicavam a prática de corrupção.

A sentença permite que os condenados recorram em liberdade. Carlos Evaristo e Francisco Bezerra, por exemplo, receberam penas de 6 anos e 10 meses, enquanto Mauro Araújo foi condenado a 12 anos e 2 meses de reclusão. Antonio Lino, que já faleceu, também estava entre os réus.

A investigação, que resultou na condenação, teve início em 2020, durante a Operação Legis Easy, que desmantelou um esquema de corrupção na Câmara Municipal. Durante a operação, cinco dos ex-vereadores foram presos preventivamente, e a apuração revelou um sistema de propinas que envolvia empresários e contratos públicos.

Além dos ex-vereadores, um empresário e o filho de um dos réus também foram condenados. A Promotoria identificou que as propinas eram pagas em troca de apoio para a aprovação de emendas parlamentares que beneficiavam interesses privados.

As defesas dos condenados alegam que as provas apresentadas são insuficientes e que a investigação foi marcada por irregularidades. Alguns ex-vereadores afirmaram que a condenação é injusta e que pretendem recorrer da decisão, confiantes de que a verdade será restabelecida em instâncias superiores.

A investigação revelou ainda que os réus utilizavam empresas para lavar dinheiro e que havia indícios de fraudes em contratos com a Secretaria Municipal de Saúde e o Serviço Municipal de Águas e Esgotos. A Justiça determinou a prisão de outros envolvidos, mas muitos já estão em liberdade.

Este caso destaca a necessidade de maior transparência e fiscalização nas atividades legislativas, além de reforçar a importância de combater a corrupção em todas as esferas do poder público. A sociedade aguarda os desdobramentos dos recursos e a continuidade das investigações sobre o esquema de corrupção em Mogi das Cruzes.

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